quarta-feira, 8 de abril de 2009

domingo, 15 de março de 2009

Responsabilidade

A responsabilidade é de todos. Objetivo da tarefa: discutir o tema Adesão relacionado ao enfoque da participação de todos apresentado no vídeo. Deixe seu comentário.

Adesão

O termo adesão significa: ato de tornar-se ou mostrar-se adepto (Aurélio, 1989) . Por adepto entende-se o mesmo que partidário, sectário, conhecedor ou iniciado nos dogmas de uma seita. Logo, a partir dessas definições, supõe-se que para tornar-se adepto de uma idéia, a pessoa dever ser partidária da proposta em questão e para isso, é preciso conhecer, entender e, por fim, acreditar para concordar com a proposta e poder segui-la. Podemos concluir que uma pessoa só é adepto de uma idéia quando esta faz sentido para ele.
Seguindo esta lógica de entendimento do termo adesão, para que um tratamento seja seguido é necessário, portanto, que este faça sentido para o paciente, e para isso é necessário que entenda a proposta de tratamento e acredite e esteja certo de sua necessidade. No entanto, o que se observa na assistência aos pacientes, é o desconhecimento da importância do tratamento, e mais, o paciente desconhece o mecanismo de funcionamento da medicação, desde seus efeitos positivos, aqueles relativos à recuperação da saúde física, como também desconhece seus efeitos negativos, aí entendidos como os efeitos colaterais causados pela medicação.
Ainda que não exista uma regra quanto à presença dos efeitos indesejáveis da medicação, assim quanto à sua tolerância, não se justifica a ausência de informação ao paciente quanto às possibilidades da presença de tais efeitos. A experiência junto aos pacientes, nos permitiu perceber que a falta deste conhecimento pode se tornar um potencial risco para a adesão ao tratamento. O paciente, freqüentemente, interpreta tais efeitos adversos como uma piora do quadro clínico e vê a medicação como algo que piora o seu estado de saúde.
No meio médico, adesão é o grau com que o paciente segue o plano de tratamento. Considerando o tratamento médico em geral, estudos sobre o comportamento dos pacientes demonstraram que apenas cerca de cinqüenta por cento destes seguem as orientações médicas. Dentre as muitas razões alegadas pelos pacientes para não seguir um plano terapêutico, a mais comum é o esquecimento. (MANUAL MERK, 2004).
Em Vitória (2000), entende-se que o termo “adesão” ao tratamento leva em consideração um contexto que vai além da obediência às orientações médicas que leve ao uso regular de medicamento. Nesta concepção, o paciente assume o lugar de sujeito de seu tratamento, e deve, portanto, entender e concordar com as prescrições estabelecidas pelo seu médico.
A maioria dos estudos sobre doenças crônicas, tem considerado como nível aceitável de aderência, taxas iguais ou maiores de 80% do total de medicamentos prescritos, contudo, outras definições tem sido adotadas conforme o tipo de estudo e de doença. Nos casos de HIV/Aids, atualmente, a literatura científica indica que estudos internacionais trabalham com o índice de 90%, pois, observou-se que adesão a 80% coloca em risco o tratamento com os anti-retrovirais potentes (JORDAN, 2000).
Gourlat, Marli; Macário Costa, Lizete. OS ANTI-RETROVIRAIS E O PACIENTE HIV/AIDS: UM ESTUDO SOBRE O TEMA DA ADESÃO E SUAS IMPLICAÇÕES. Artigo de Conclusão de curso de Especialização/Psimed/HUPE/UERJ.

A pesquisa

Adesão à terapia anti-retroviral: um estudo com homens portadores de HIV/Aids no município do Rio de Janeiro (2008/2009)
Resumo
Este estudo teve por objetivo investigar a adesão ao tratamento de homens com HIV/Aids em uso de anti-retrovirais (ARV) no município do Rio de Janeiro-RJ. Foi realizado um estudo de corte transversal com a clientela dos ambulatórios do Programa Municipal de DST/Aids do Rio de Janeiro. Foram recrutadas pessoas maiores de 18 anos de idade, em uso de tratamento anti-retroviral (TARV) nos SAE (Serviço Ambulatorial Especializado) da rede municipal. Foram entrevistadas 180 pessoas, utilizando-se um questionário estruturado que incluiu variáveis demográficas, conhecimento do diagnóstico e informações quanto ao uso das drogas ARV prescritas, uso de álcool e outras drogas, breve história médica e presença de sintomas após uso dos ARV. O questionário investigou o padrão de uso dessas drogas ARV, freqüência de uso, quantidade de pílulas por dose, perda de alguma dose no último dia, nos dois e três dias anteriores à realização da entrevista. Foi considerada adesão, a tomada de no mínimo, 95% dos medicamentos prescritos nos últimos três dias. Como suporte de validade do auto-relato, os resultados do nível plasmático de RNA HIV e da contagem de linfócitos CD4, foram também obtidos.
Palavras-chave: Adesão, aderência, uso de tratamento anti-retroviral, homens, Rio de Janeiro

O trabalho assistencial

ATENÇÃO CONTÍNUA E ADESÃO DO PACIENTE HIV/Aids EM USO DE ANTI-RETROVIRAIS
Lizete Macário, Marli Goulart/HUPE/UERJ
INTRODUÇÃO: É consenso que múltiplos fatores influem na adesão ao uso dos anti-retrovirais. A adesão ao tratamento assumiu significado para além do controle da medicação. Trata-se de um processo interativo e contínuo entre o profissional e o paciente, e deste com o serviço de saúde. Assim, o uso adequado da medicação é decisivo no tratamento. E a garantia do medicamento para o paciente é parte do processo de tratamento. OBJETIVO: Discutir os aspectos que envolvem a participação do paciente no tratamento com anti-retrovirais e a viabilização de proposta de atenção contínua. MÉTODO: Realizou-se pesquisa prospectiva em 26 prontuários clínicos considerando: as características sócio-demográficas, a freqüência às consultas, as referências à medicação (os sintomas físicos e psíquicos), CD4 e CV. Considerou-se para o trabalho pessoas de ambos os sexos, acima de 18 anos de idade, em uso de anti-retrovirais, em atendimento ambulatorial em instituição pública de saúde.. Resultou em 50% com o segundo grau incompleto; 43% entre 30 a 40 anos de idade; sem diferença significativa quanto ao fator sexo relacionado à freqüência ao tratamento. O tempo do diagnóstico entre 3 e 6 anos (38,5%). O tempo de tratamento entre 3 a 6 anos (46,2%) no ambulatório. A média de tempo para chegada ao ambulatório foi de 3 anos (35%). Em 27% passaram por 6 a 9 profissionais médico/ano. Foram considerados outros fatores no tratamento como diarréia e vômitos (42%), distância e deslocamento (62%), adoecimento em família (30%), trabalho (40%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: para a viabilização da atenção contínua ao portador de HIV/Aids considera-se pertinente a inclusão de ações de caráter multiprofissional capazes de manter o paciente no tratamento. Tais ações objetivando informação, prevenção, abordagem psicológica e orientação familiar. E com relevância para o controle da freqüência às consultas associada à busca consentida do paciente e identificação das carências sócio-econômica relativa à família.

O tema da Adesão

A introdução da terapia anti-retroviral para o tratamento das pessoas com HIV/Aids foi significativa para o prolongamento da vida dos portadores. Isso se traduziu em diminuição das manifestações clínicas decorrentes da infecção pelo HIV, das internações hospitalares com melhora do prognóstico e da qualidade de vida dos indivíduos infectados. Ao reduzir a carga viral plasmática do HIV, geralmente a níveis indetectáveis, reduziu conseqüentemente a mortalidade e a ocorrência de doenças oportunistas (MS, 2004).
No entanto existem peculiaridades no tratamento. O esquema terapêutico impõe o uso de grande quantidade de comprimidos, horários rígidos, sujeito a interações medicamentosas e vigilância dos efeitos colaterais, por tempo indeterminado. A não adesão aos esquemas anti-retrovirais propostos tem sido relacionada ao surgimento de resistência viral e comprometimento do prognóstico clínico do indivíduo. Tem-se então que sem alta adesão não há sucesso prolongado na referida terapia (MS, 2004).
O processo de adesão é influenciado por fatores relacionados às características do individuo, da doença e do tratamento, à relação da equipe de saúde/indivíduo, inserção social e fatores como distância geográfica do serviço de saúde, acesso à consulta e o espaçamento entre as consultas (JORDAN, 2000; GIR, 2005). Alguns autores, apoiados em programas de prevenção bem-sucedidos, bordaram o contexto psicossocial da adesão (SILVA, 2002; COLOSIO, 2007), reafirmando sua pertinência para a terapia anti-retroviral aliada a um contexto de troca de informação entre as pessoas.
No entanto, não basta concordância quanto ao papel da adesão para a terapêutica com ARV. Estudos sistematizados já comprovaram a relação entre a adesão e a obtenção de respostas clínicas ao tratamento anti-retroviral. É o conhecimento dos obstáculos ao cumprimento das orientações que pode auxiliar na escolha individualizada do tratamento e melhorar os resultados (LEITE, 2003; COLOMBRINI, 2006) Neste sentido são indispensáveis estudos aprofundados a partir de instituições públicas de saúde inserida na assistência aos portadores de HIV/Aids.

sábado, 14 de março de 2009

Midias Sociais

“Mídias sociais são ferramentas online projetadas para permitir a interação social a partir do compartilhamento e da criação colaborativa de informação nos mais diversos formatos. As mídias sociais ou redes têm várias características que as diferem fundamentalmente das mídias tradicionais, como jornais, televisão, livros ou rádio. Antes de tudo, as mídias sociais dependem da interação entre pessoas, porque a discussão e a integração entre elas constroem conteúdo compartilhado, usando a tecnologia como condutor.”( Wikipédia, 2009)